E nestes últimos dias o que vemos são os noticiários
mostrando atrocidades feitas com “animais de laboratório”, desta vez cães da
raça beagle em um instituto que faz os testes para cosméticos.
E, claro, virou a polêmica na mídia, assim como no Facebook.
Vi e li muitas coisas sobre o assunto, e confesso que muita coisa me chateou a
ponto de não querer entrar mais na discussão da citada rede social. De fato, o
Facebook pode ser uma arma a favor do bem, e também uma ferramenta do mal,
formador de opiniões e de conceitos muitas vezes até preconceituosos e errados.
Confesso que, no calor da emoção, até eu já postei coisas
que me fizeram me arrepender depois. Ás vezes não pensamos rápido e
compartilhamos o que na hora parecia ideal, mas os problemas vêm depois, com o
alcance do que você postou.
No caso dos cachorrinhos, é claro que me manifestei a favor
deles, a favor dos ativistas. Não demorou muito para eu ler coisas que postaram
para dizer que eu era uma tola que estava dizendo bobagens.
Sou a favor da vida, é claro, e no caso de animais
domésticos é evidente que o sentimento aumenta. Cachorros convivem com seres
humanos como parentes, não dá não pensar em seu sofrimento. Daí lembraram do
rato de laboratório. Sim, eles também têm vida, e devem ganhar liberdade dessa
crueldade toda. Vi experiências com eles na TV ainda hoje, e achei nojento
demais.
Vi uma pessoa postando sobre pessoas que são idiotas, que
falam com seus pets como se eles fossem retardados, ou seja, fazendo voz de
criança. Puxa, eu faço isso, mas não me considero retardada porque para mim
eles são sim crianças.
Vi outra postando que as pessoas falam da liberdade para os
beagles mas mantém animais cativos em casa. Sim, eu faço isso, porque se eu não
estivesse com as minhas gatinhas fechadas em casa talvez elas estivessem
passando fome hoje nas ruas. Sei lá, mas penso que elas não sofrem por estarem
presas e confinadas em meu apartamento, porque dou a elas amor, carinho,
comida, água fresca, cama quentinha, médico, brincadeiras, e tudo o que
precisam.
Teve uma que disse que as pessoas eram hipócritas, porque
reclamavam dos últimos movimentos em que teve “quebra-quebra”, e que pra salvar
cachorrinhos bonitinhos tava valendo tudo, e as mesmas pessoas apoiavam. Eu não
sou a favor da baderna, da quebradeira. Invadir o local para levar os cães,
beleza, mas quebrar o que não lhe pertence, daí já é vandalismo, e eu não
concordo. Mas o que vi foram ativistas de ONGs que acompanhamos sempre na
mídia, que estavam lá só pelos animais mesmo, e esses eu dou meu total apoio.
Outra mensagem dizia que as pessoas defendem animais e comem
carne de animais. Puxa, que vergonha, eu me encaixo nisso ainda. Confesso que
me é difícil largar o hábito de comer carne, infelizmente. E vocês não imaginam
o quanto eu gosto de vaquinhas e boizinhos....
E por fim, os que defendem que se não fizerem testes em
animais, irão fazer em quem, humanos? Ah, por favor, estamos no século XXI,
onde já se tem substituto para tudo o que possa ser testado. A ousadia é tanta
que a foto de Hittler estampa essas postagens como quem gostou de usar humanos
para teste. Disputa covarde, não é mesmo?
Não, não quero prejudicar humanos, mas também não quero
prejudicar animais. Sonho sim com um mundo que um dia respeitará os animais e
não precisaremos mais chorar com o abandono e descaso.
Não adianta eu discutir minha posição e meu amor por esses
bichos via redes sociais, porque cada vez mais os do contra acham mil maneiras
de dizer que estamos errados. Mas eu acho que não estou.
E que Deus proteja nossos animaizinhos de tanta
maldade e de gente que acha que eles são puro e simples objeto.